segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Espaço Litúrgico no Missal Romano

Após um longo tempo sem postagens, estamos retomando nossas atividades com o estudo do Espaço Litúrgico a começar dos documentos oficiais da igreja, neste caso o Missal Romano. Nele encontramos informações valiosas sobre o espaço, mas infelizmente ele não costuma ser lido pelos fiéis. Para tanto vamos reproduzir aqui o capítulo V, que está diretamente voltado ao nosso tema. Espero que gostem. Paz e Bem!

INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÃO E ORNAMENTAÇÃO DAS IGREJAS PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA
I. PRINCÍPIOS GERAIS


288. Para celebrar a Eucaristia o povo de Deus se reúne geralmente na igreja, ou na falta
ou insuficiência desta, em outro lugar conveniente, digno de tão grande mistério. As igrejas
e os demais lugares devem prestar-se à execução das ações sagradas e à ativa participação
dos féis. Além disso, os edifícios sagrados e os objetos destinados ao culto sejam realmente
dignos e belos, sinais e símbolos das coisas divinas.

289. Por isso, a Igreja não cessa de solicitar a nobre contribuição das artes e admite as
expressões artísticas de todos os povos e regiões. Ainda mais, assim como se esforça por
conservar as obras e tesouros artísticos legados pelos séculos precedentes110 e, na medida
do necessário, adaptá-las às novas necessidades, também procura promover formas novas
que se adaptem à índole de cada época.
Portanto, nos programas propostos aos artistas, bem como na seleção de obras a
serem admitidas na igreja, procure-se uma verdadeira qualidade artística, para que
alimentem a fé e a piedade e correspondam ao seu verdadeiro significado e ao fim a que se
destinam

290. Todas as igrejas sejam dedicadas ou ao menos abençoadas. Contudo, as igrejas
catedrais e paroquiais sejam solenemente dedicadas.

291. Para edificar, reformar e dispor convenientemente os edifícios sagrados, consultem
os responsáveis a Comissão diocesana de Liturgia e Arte Sacra. O Bispo diocesano recorra
também ao parecer e auxílio da mesma Comissão, quando se tratar de estabelecer normas
nesta matéria, de aprovar projetos de novos edifícios sagrados ou resolver questões de certa
importância.

292. A ornamentação da igreja deve visar mais a nobre simplicidade do que a pompa. Na
escolha dessa ornamentação, cuide-se da autenticidade dos materiais e procure-se
assegurar a educação dos fiéis e a dignidade de todo o local sagrado.

293. Para corresponder às necessidade de nossa época, a organização da igreja e de suas
dependências requer que não se tenha em vista apenas o que se refere às ações sagradas,
mas também tudo o que contribua para uma justa comodidade dos fiéis, como se costuma
providenciar nos lugares onde se realizam reuniões.

294. O povo de Deus, que se reúne para a Missa, constitui uma assembléia orgânica e
hierárquica que se exprime pela diversidade de funções e ações, conforme cada parte da
celebração. Por isso, convém que a disposição geral do edifício sagrado seja tal que ofereça
uma imagem da assembléia reunida, permita uma conveniente disposição de todas as coisas
e favoreça a cada um exercer corretamente a sua função.
Os fiéis e o grupo dos cantores ocuparão lugares que lhes favoreçam uma
participação ativa.
O sacerdote celebrante, o diácono e demais ministros tomarão lugar no presbitério.
Aí se prepararão as cadeiras dos concelebrantes; se, porém, seu número for grande, as
cadeiras serão dispostas em outro lugar da igreja, mas próximo do altar.
Tudo isso, além de exprimir a ordenação hierárquica e a diversidade das funções,
deve constituir uma unidade íntima e coerente pela qual se manifeste com evidência a
unidade de todo o povo de Deus. A natureza e beleza do local e de todas as alfaias
alimentem a piedade dos fiéis e manifestem a santidade dos mistérios celebrados.

.................................... continua...

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